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?Nosso objetivo é realizar uma eleição e transferir o poder para o partido vencedor?, disse o general Zaw Min Tun, porta-voz da junta militar que assumiu o poder no país A junta militar que governa Mianmar desde um golpe de Estado orquestrado no início deste mês disse, nesta terça-feira (16), que pretende convocar uma nova eleição para recolocar um governo civil no poder.
?Nosso objetivo é realizar uma eleição e transferir o poder para o partido vencedor?, disse o general de brigada Zaw Min Tun, porta-voz da junta militar que assumiu o poder em Mianmar, na primeira entrevista coletiva desde o golpe.
Antes da entrevista, porém, a polícia de Mianmar apresentou uma nova acusação contra Aung San Suu Kyi, a principal líder civil do país, prorrogando o período de sua prisão domiciliar.
O advogado de Suu Kyi, Kin Maung Zaw, disse que ela foi acusada por violar a lei de desastres naturais de Mianmar, sem dar mais detalhes. Inicialmente, ela foi indiciada por importar ilegalmente walkie talkies. Sua prisão domiciliar terminaria nesta quarta (17).
Presos políticos
O presidente deposto de Mianmar, Win Myint, que também está preso, foi acusado, hoje, de ter violado outros artigos da lei de desastre natural.
Questionado sobre a prisão dos líderes civis, Min Tun afirmou que os militares ?cumprirão a Constituição?. Segundo ele, tanto Suu Kyi como Win Myint estão em boas condições de saúde.
Mais de 400 políticos, ativistas, servidores civis e estudantes foram presos em Mianmar desde o início de fevereiro durante os protestos contra o golpe militar.
As forças de segurança do país têm usado armas de fogo para dispersar as manifestações. Hoje, o porta-voz da junta disse que os manifestantes estão incitando a violência e pressionando ilegalmente para que servidores do governo se unam ao movimento de desobediência.
Min Tun afirmou que a situação foi causada pelas fraudes nas eleições de novembro. A Rede Asiática para Eleições Livres (Anfrel, na sigla em inglês), uma organização que monitora eleições na região, publicou um relatório indicando o oposto. Na avaliação da entidade, a Comissão Eleitoral de Mianmar conduziu o pleito de forma transparente.
Pressão internacional
Os golpistas de Mianmar têm sido pressionados pela comunidade internacional a devolver o poder ao governo deposto e libertar os civis presos. Os EUA anunciaram, na semana passada, sanções contra os generais envolvidos no movimento e planejam restringir exportações para o país, sem retirar o apoio em questões sanitárias.
O porta-voz da junta militar disse, hoje, durante a entrevista coletiva, que as reações ?já eram esperadas?.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou uma resolução na última sexta-feira (12) sobre a deterioração da situação em Mianmar. Apesar de ter evitado usar a palavra ?golpe? para descrever a ação dos militares, o órgão expressou ?profunda preocupação com a declaração de estado de emergência imposta pelos militares? e pediu ?a restauração do governo democraticamente eleito?.
Após a aprovação do texto, a China se dissociou da resolução, apresentada por União Europeia e Reino Unido, assim como outros países, como Rússia e Filipinas, argumentando que a situação em Mianmar é uma questão de política interna.
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