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Ex-presidente do Banco Central Europeu apresentará agenda de governo na semana que vem Mario Draghi será o primeiro-ministro da Itália. O ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) conseguiu amplo apoio político para formar um governo de união nacional e terá uma das maiores maiorias no Parlamento da história do país.
Draghi, de 73 anos, deverá informar nesta sexta-feira ao presidente italiano, Sergio Matarella, que conseguiu formar maioria parlamentar e em seguida anunciar seu gabinete. Na semana que vem, ele divulgará as prioridades de sua agenda de governo e se submeterá a um voto de confiança no Parlamento.
Uma das personalidades mais respeitadas da Itália, Draghi substituirá o premiê Giuseppe Conte, que caiu após um dos partidos da coalizão de governo retirar seu apoio.
O novo governo deverá ser formado, em sua maioria, por tecnocratas, isto é, pessoas não ligadas aos partidos. O futuro primeiro-ministro prometeu uma espécie de governo de notáveis.
No Parlamento, o governo terá o apoio de quase todo o espectro político, da direita à esquerda.
Na quarta-feira, o Movimento 5 Estrelas (M5S), partido com a maior bancada na Câmara dos Deputados, realizou uma consulta on-line entre seus filiados e 59,3% optaram pelo apoio a Draghi, apesar de o partido ter nascido como anti-establishment, com duras críticas a ele, ao BCE e a União Europeia durante a crise da dívida no bloco.
O amplo apoio significa que nenhum partido isolado terá o poder de derrubar Draghi, já que ele ainda assim teria a maioria no Parlamento, com o apoio dos demais.
Não está claro se Draghi tentará avançar com um programa de reformas ambicioso ou se apenas tocará a gestão até as próximas eleições, previstas para o primeiro semestre de 2023. Não é comum um governo tecnocrata embarcar numa agenda política importante. Mas a ampla maioria no Parlamento oferecerá uma oportunidade rara para a aprovação de reformas.
O fato de o ex-presidente do BCE ser amplamente respeitado no país tornou difícil para os partidos rejeitarem apoiá-lo.
Mesmo antes de assumir, Draghi está gerando otimismo nos mercados em relação à Itália, o que já levou a uma queda nos juros pagos pelo país para rolar a sua enorme dívida.
A principal missão do novo governo será administrar os 209 bilhões de euros que a Itália receberá do programa de ajuda da União Europeia nos próximos anos. Draghi disse que sua prioridade será investir esse dinheiro de modo a aumentar a produtividade e a competitividade do país.
*Com agências internacionais
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